terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Animais em Circo - Por favor, ajudem acabar com essa barbárie!




Seguindo o apelo feito pelos amigos Antônio Apasolini e Karla Nogueira, lanço o meu pedido para que assinem petição contra animais em circo.
“A idéia de achar graça na visão de animais selvagens coagidos a agir como desajeitados seres humanos, ou a excitação ao ver perigosas feras reduzidas a covardes retraídos por causa de um treinador com chicote em punho é primitiva e medieval. Tal visão de mundo advém do velho conceito de que somos superiores às outras espécies e que temos o direito de manter nosso domínio sobre elas. O primeiro auge desse conceito foi visto durante os massacres no circo romano e, desde então, tem sido mantido vivo através dos ensinamentos religiosos que insistem em colocar o gênero humano acima e apartado de todo o resto da criação.”

Causou comoção, convém lembrar, a crueldade a que foram submetidos três leões, que foram abandonados por um tradicional circo, dentro de uma jaula, em uma praça pública da cidade de Sumaré. Os animais foram encontrados em gravíssimo estado de saúde, como revelou o laudo pericial.

Conforme o documento citado, devido ao estado de inanição, o macho não suportava mais o peso de sua cabeça, apresentando enorme dificuldade para se alimentar. A magreza lhe deixava visível a ossatura; lesões de pele cobriam-lhes várias partes do corpo, sugestivas de queimaduras na testa, prática comum em circos. O animal foi mutilado, pois não possuía garras na pata esquerda; seus caninos superiores foram serrados. Apresentava atrofiamento muscular na coxa, quadril, anca e peito. Uma grande infecção acometeu-lhe a boca e a pata anterior. O animal não era capaz de manter a língua dentro da cavidade oral, apresentando completo relaxamento muscular, indicativo de lesão cerebral. O adiantado grau de desnutrição e de desidratação tornou o felino apático, sem reação a qualquer estímulo. Cerca de vinte dias após terem sido os animais resgatados, o macho veio a óbito.

Irrefutável, deste modo, que não só os animais foram submetidos a terríveis e constantes maus-tratos pelos circenses, mas também expostos à crueldade de serem abandonados em uma situação de confinamento, da qual só poderia decorrer a agonia de uma morte lenta provocada pela privação de água, de alimento e de outros cuidados que devem ser ministrados a animais confinados.

Em foto publicada pelo jornal “Diário Regional”, de 29 de janeiro de 2004, evidencia-se a perversa forma com que os animais são explorados pelos circenses, ao registrar o momento em que a elefanta é forçada a equilibrar-se em um pequeno tambor, onde terá que erguer uma de suas patas. Trata-se de grotesca simulação de equilibrismo, comportamento humano, estranho à sua espécie e ofensivo à sua natureza; indiscutível crueldade que depõe contra a espécie humana e lhe denuncia a arrogância da superioridade que insiste em se arrogar.

Fonte: excerto de representação oferecida por Vanice Teixeira Orlandi, em nome da UIPA, União Internacional Protetora dos Animais, ao Ministério Público do Estado de São Paulo.

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